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Viagem para o sul do inconsciente


Vinte de agosto, noite sombria de lua cheia, uma moça de 15 anos dorme tranquilamente na cama de algodão, paredes de madeira e o telhado era de vidro, mas esse sono bom logo termina, a jovem ouve um estralo no teto, ele estava se quebrando, mal passa dois minutos e o telhado se parte em mil pedaços, ela fica apavorada, começa a gritar, no mesmo instante ela é transportada para um túnel escuro, cheio de fantasma chorando, agonia, desespero, bichos nojentos, insetos, pessoas mortas, mas mesmo assim, ela subiu a parede tentando voltar, tinha sangue por todo lado, mas ela continuava forte, subindo as paredes, mas os cacos de vidro perfuravam o seu corpo, cortando sua carne, suas veias, um pedaço atingiu seu olho, ela não conseguiu mais enxergar, quando sua mão foi mordida por um demônio, fazendo a moça desprender-se da parede e cair num vazio agoniante, se passou um bocado de tempo, ela perdeu muito sangue, estava pálida, com sede, quase morta, quando ela viu uma luz, ficou muito feliz, sorriu, cantou, conforme os pensamentos bons dela iam chegando, o mundo ia se transformando, ela deu uma espiada para cima e percebeu que tudo estava ganhando vida, no final do túnel começou a surgir cor, campos com flores, animais, um sol divino, cabanas praias maravilhosas, quando ela chega, cai bruscamente no chão, com os cacos de vidro que ainda no ar se transformam em miçangas de pérola, depois que a moa chega na terra, o túnel que era uma passagem desconhecida e estranha, desaparece, a menina acorda, mas com um olho cego e sem uma mão, de vez se desesperar, gritar, espernear, ela começa a rir, gozar de sua desgraça, já não sabia onde estava, que dia/hora era, mas se sentia bem, suave, se transformou em outra pessoa, ela achou meio estranho quando olhou ao seu redor e as coisas tinham sumido, mas caminhando um pouco mais, encontrou algumas abanas vazias, ela pensou que não tinha dono, então entrou, tirou sua roupa e se deitou na rede, adormecendo...

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